História inspiradora 1
Amanda faz parte do Tereza e Instituto Humanitas360 desde Outubro de 2021. Iniciou seu trabalho como costureira e, por meio de parceria do H360 e Tereza com o SENAI, em 2022 realizou um curso profissionalizante de costura em máquina reta e overloque, aprimorando seus conhecimentos. Recentemente, Amanda foi promovida e agora é responsável pela gestão da produção na Tereza. Quando perguntada sobre esse novo momento de carreira, Amanda diz que é gratificante e que se sente tranquila, pois é reflexo do desenvolvimento que ela teve ao longo desse tempo. Seu próximo objetivo é continuar sua formação por meio de um curso de modelagem e pilotagem, além de poder ajudar o desenvolvimento de outras mulheres, tanto as que já estão na Tereza, quanto outras que vierem. “Fui privada de liberdade por 11 anos e 7 meses. Quem me apoiou ao longo desse período foi minha mãe, uma mulher batalhadora que sempre esteve presente em minha vida. Já meu pai, sumiu quando eu tinha 13 anos e nunca mais tivemos notícias dele. Eu estudei até o 1º ano do ensino médio, e cheguei a trabalhar como estagiária na Prefeitura de São Bernardo do Campo, mas acabei me desencaminhando e fui presa. Durante esse tempo na penitenciária, me deparei com tantas histórias tristes de companheiras se mutilando e se matando. Foram anos de sofrimento e de muitos aprendizados. Eu conheci a cooperativa criada dentro da prisão pelo Humanitas360 através da Flávia Maria (egressa, ex-cooperada e atualmente parte da equipe multidisciplinar H360 que apoia as funcionárias Tereza). Graças à Tereza comecei a crescer, batalhando para ser alguém na vida e mostrar para a sociedade que, independentemente de onde saímos, aqui fora tem alguém de braços abertos para nos dar força para seguirmos em frente. Hoje em liberdade, sou muito grata por ter a oportunidade de continuar trabalhando e me desenvolvendo, estando na Tereza e com o Instituto Humanitas360 há 2 anos e 10 meses.”
História inspiradora 2
Camila “Fiquei presa por 8 anos e 2 meses. Minha vida sempre esteve ligada ao crime. Meu pai foi detido quando eu tinha 2 anos de idade e, então fomos morar com minha avó, eu, minha mãe e irmã. Aos meus 13 anos, meu pai saiu da cadeia e fui morar com ele. Cheguei a terminar o ensino médio e trabalhar na Sabesp, fazendo a leitura de hidrômetros. Mas, através do meu pai, entrei na vida do crime, que parecia empolgante e trazia muito dinheiro. Acabei sendo presa junto com ele quando tinha 19 anos. Minha mãe, que trabalhava como faxineira, foi quem me deu suporte durante esses anos. Ouvi falar das cooperativas criadas pelo Humanitas360 na penitenciária, e quando saí, em abril de 2022, busquei por elas e fui aceita no projeto. Ser abraçada pela cooperativa, e depois apoiada por um negócio social como Tereza, foi uma oportunidade maravilhosa. Isso me fez vencer o medo de ser rejeitada. Hoje, trabalho para levar a minha história e a de outras mulheres aos compradores de produtos Tereza e mudar a visão que a sociedade tem de nós, mulheres que já estiveram presas.”